sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

O DEBATE, por Adalgisa Borsato

Foto: Reprodução / Pipoca Moderna


Comentários sobre: O Debate, filme nacional dirigido por Caio Blat com roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado, baseado no livro homônimo escrito por eles.


Os atores Paulo Beth e Débora Bloch interpretam dois jornalistas, Marcos e Paula, funcionários da TV Nacional. Juntos, eles acompanhavam o desenrolar das eleições a presidência do Brasil.

O roteiro do filme seguiu em blocos, maneira semelhante ao último debate dos dois candidatos, dias antes das eleições, no ano de 2022.

Os dois jornalistas mostravam os assuntos discutidos pelos candidatos, sem mencionar seus nomes. Depois discutiam os temas do debate entre eles, a cada final dos blocos, discretamente, sem demonstrar suas preferências partidárias, o que era, porém, muito fácil para o público deduzir.

No primeiro bloco falaram sobre o negacionismo do presidente da república e a influência causada à população ao ignorar o vírus. Falaram sobre a falta de vacinas, o não uso de máscaras e a corrupção na compra de EPIs.  Mencionaram também outros problemas que surgiram durante a pandemia, destacando inclusive o número de mortos.

No primeiro bloco fiquei extasiada ... pois as palavras pareciam saltar do meu livro Relatos de Pandemia: o não uso de máscaras, a falta de vacinas e de oxigênio no estado do Amazonas. E, principalmente, o negacionismo do presidente da época e seus seguidores perante o vírus Sars-Cov 2, que causa a covid-19.

Nos demais blocos mencionaram problemas discutidos pelos candidatos, tais como: improbidade administrativa, falha na condução da economia do país, desemprego, aborto, auxílio aos mais necessitados, a falta de vacinas e a corrupção na compra de EPIs.

O filme é sem dúvida um marco histórico na preservação da memória de um país, da mesma maneira como eu procurei deixar escrito tudo que ocorreu durante a pandemia da covid-19, em meu livro Relatos de Pandemia, publicado pela Editora Todas as Musas. 


Adalgisa Borsato


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