A urgência em buscar na palavra escrita o oxigênio da sobrevida – atavismo ou sina –, associada ao afastamento das redações, fez nascer este Pretextos-elr há quase meia década. E, do blog, A idade da maçã – livro que reúne sessenta dos mais de 300 textos produzidos, na expectativa de transmitir o que tantas vezes é intransmissível.
Entre o ínfimo e o grandioso, entre o passado e o presente : o jogo dialético da poética de Manoel de Barros
de
Carlos Eduardo Brefore Pinheiro
(doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP, professor do Centro Universitário Toledo e colunista do Jornal Folha da Região, de Araçatuba)
Na visão de Manoel de Barros, as relações
que se estabelecem a partir da figura do sujeito – entre o céu e a terra, entre
o grandioso e o ínfimo, entre o passado e o presente, entre os diferentes
reinos da natureza – são a expressão poética das manifestações do devir da vida
humana.
O presente artigo pretende introduzir o leitor a uma discussão sobre os debates historiográficos em relação à Revolução Francesa, pontualmente entre marxistas e revisionistas, além de indicar como esse período revolucionário foi retratado pelo cinema.
Alfredo Oscar Salun é Doutor em História Social pela USP, professor de História Contemporânea e História da Educação na Universidade do Grande ABC, pesquisador do NEHO (USP) e GERP (UniABC).
À primeira vista, o romance de Moacyr Scliar A mulher que escreveu a Bíblia sugere uma visão desconstrutora da Bíblia, lida sob uma perspectiva feminina. Acreditamos que, embora essa temática seja explorada no texto, ela é mediada por um exercício narrativo tão bem elaborado que ele se torna matéria principal do romance. Esse aspecto apontaria para a forma como Moacyr Scliar entende a narrativa exemplar: como um exercício de contínua apropriação, o que problematiza a questão da autoria.